quinta-feira, 15 de julho de 2010

Inspiração


Vento do leste

que bradas do mar

vem num repente

inspirar meu cantar

preciso de forças

sinto-me fraco

sou um poeta

suscito o amor


Tu que inspiras

que moras no além

não vê que o poeta

transmuta a dor

das lágrimas minhas

que regam o meu rosto

mata-me a sede

hidrata meu ser


Se eu tivesse

o poder de ti ver

abraçaria-te

beijaria tua boca

acariciaria teu colo

teu corpo, tua alma,

num leito de flores

faríamos amor


são tantas línguas

proclamando teu ser

já não sei o que digo

como é você

será um grito, sopro

um choro ou canção

só sei que és Musa

inspira meu coração


O que transcrevo ao papel

minha mente não sabe

porque a tinta usada

vem do meu coração

pulsante e ardente

vermelho é a cor

sua metamorfose é um

arco-íris de poesias


Emerson Gomes

Bela adormecida artística


Quando se orgulhar de uma cidade onde podemos dizer celeiro da cultura e manifestações artísticas? Parece que as cantigas de ninar das amas, das mães e das velhas estão fazendo efeito na tera de Adolfo, que parece, não caminha, e se mostra estática, estanque, adormecida nos leitos históricos, talvez da nossa Rua Grande. Cadê as almas artísticas dessa cidade que sobraram e cantam aos bons ventos, talvvés ao leu. Acordem almas artísticas, gritem que a Carruagem que aqui vive está buscando a Cena e que prima pela Frente Jovem que também implora gritando na rua: Rumbora meu povo ver a Lua Cheia junto com os Bonecos da Francisca Clotilde. É que o Dias de Teatro está chegando, porque quando o teatro invade esta cidade, rua é fantasia, casa é alegria e o povo torna-se ator. Na cena aberta e viva o povo todo fica festejando a poesia, a vida, a arte e o amor.